A Itália é o pais da pizza, da boa comida em geral, do sol, da máfia e do mandolim. E não nos esqueçamos das gesticulações!
Milão é a cidade das compras, da moda, coração econômico e centro cosmopolita e, por isso, impessoal e muitas vezes frio...
Mas, depois de quase quatro anos de experiências intensas, agora que as raízes começam a me sustentar melhor e me dar mais equilíbrio, começo a deixar os estereótipos de lado e inicio a minha verdadeira viagem italiana. Uma observação mais profunda, um vagar sem rumo que no entanto me é muito familiar, um reconhecer que ultrapassa os limites físicos dessa cidade e de meus poros, é um indentificar-se com a brisa do vento que esse ano nos agracia suavemente, com os longos dias do verão que eu aprendi a amar, com essa língua que expressa tão bem aquilo que eu nao sei explicar somente com palavras... Uma tentativa enfim de ruptura com o mecanicismo repetitivo que eu abomino e evito todos os dias.
Agora que finalmente entendo essa cultura, tento juntar os pedaços do quebra cabeça de mim, procuro fundir os restos daquela que fui, a minha essência brasileira e o meu coração tão dividido e cheio de mundo, de todos os mundos, todas as línguas, todas as diferenças tão iguais. Agora é o momento de redescobrir essa europa sem guias turísticos, sem estereótipos, sem expectativas e sem armaduras. Permitir que os olhos registrem na alma nua os contornos e cores desses dias de verão. Caminhar pelas ruas disposta a render meus (pré) conceitos e aceitar o que vejo de coração aberto. Sem pressa, no meu ritmo, no meu instinto, saboreando tudo devagar, como se faz com um bom vino rosso...
Um comentário:
Cavolo... perché non conosco il portoghese? :(
Torna da noi!!! :)
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